Sonura Aos Mortos

 

Smriti Verma

 

Memórias d’estas mil alcovas lôbregas, 
Perlustro os epitáfios, os semblantes, 
Há brandos anjos, murchas rosas sôfregas, 
À morte: Os meus silêncios lacrimantes… 

Epígrafes datadas de saudades… 
Soturno violino à sete palmos… 
Pretérito e futuro, ambiguidades… 
Um último versar dos raros salmos… 

Mil sonhos cujo rastro se prostrou… 
O Efêmero é, da vida, a cortesia 
Que dá sabor ao doce que amargou 

Lembrando-nos que houvera poesia, 
E mais um mausoléu longínquo conta: 
No fim aquele alvor sempre desponta”, 
Mas nunca há de brindar-nos c’o ambrosia… 

Escrito por Sara Melissa de Azevedo em 6 de setembro de 2024 

 
 
Sahra Melihssa

Escritora Melancólica, Poeta Obscura, Sonurista Lírica e Psicóloga Existencial. Anfitriã do Castelo Drácula. Saiba Mais

Anterior
Anterior

Sê Éden

Próximo
Próximo

Indigna