Há o Silêncio

 

Silence, 1800 - Henry Fuseli (Swiss, 1741–1825)

 

O silêncio jamais se desfalece
E mesmo o falatório que oprimindo
Recua-o a si mesmo restringindo
Não o faz menor, pois mais o engrandece;

Tal aura soberana é permanente
Detrás de todo o som vai se expandindo
É como um universo advertindo:
"Cingindo o tudo eu sou onipresente";

Terrífico mistério, mas bem-vindo
Seria aos deuses, pois, equivalente?
Quiçá maior e então antecedente?

Estariam a verdade omitindo?
Que o tal silêncio é a eternidade
Princípio, meio e fim - totalidade
Razão de ainda estarmos existindo.

Sahra Melihssa

Escritora Melancólica, Poeta Obscura, Sonurista Lírica e Psicóloga Existencial. Anfitriã do Castelo Drácula. Saiba Mais

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