Íntima Tristura
Pressinto as outonais aragens frias
No âmago e às janelas, devagar…
O belo movimento em pradarias
Tão símeis aos meus sonhos — meu lugar;
Saudosa alma silente e melancólica,
Efêmeros ocasos: meu langor…
No onírico resido e quão simbólica
A vida é n’esta gênese do alvor…
Quão índigo o pulsar do coração…
Quiçá no sopro frígido eu entenda
Qu’estou fadada a tal introversão…
Protejo-me em exílio e a minha senda
Compr’ende-me a lhaneza tão soturna
E o méleo riso e a tenra fé noturna,
A sós, sob minha lôbrega oferenda…
Que fosses ente e crer-te eu sempre iria | No alvor rogar-te em puro amor vestal | Que fosses a Verdade, eu saberia…