Yeshuah
Regina Angelorum (1900) e Pietà (1876), por William-Adolphe Bouguereau (1825 – 1905)
Ardor d’algures pulsa em sofrimento
Nas sombras de Tua imagem sacrossanta,
No peito o lacrimar d’um instrumento
De mor silente essência espelha, encanta...
Quem és senão um sopro postremeiro
D’uma alma de esperança terminal
Que entreve a Tua verdade, ó Mensageiro
Das honras mais humanas – és vital;
Nas balças sob as trevas ou clareiras,
Memória do sepulcro e das figueiras,
Hás dentro d’um talvez tanto ideal...
Por isso choro a morte e o renascer
E choro o nascimento, o infindo amor,
A fábula d’outrora em vir a ser
O lídimo acalmar da minha dor.
Est’água é Deus, fluída ao corpo e tão vital... | Portanto basilar à fauna e flora, | À sede, alívio vívido — espiral | De grã poder e simples a quem chora...