Centelha

 

Leveil du coeur (1892), por William-Adolphe Bouguereau (1825-1905)

 

Tornou-se o lacrimar a chuva minha
E o corpo meu que em medo se convinha
Nas águas puras logo se banhou
Dos antros pesadelos despertou
E a vida se ascendeu pr’o meu rogar
Gotículas translúcidas do amar
Dulcífera a tristura, então, se fez
As dores em adeus — em escassez
Enquanto d’este flúmen veio a fé
E n’ela a mi’a esperança em sã maré
Por onde uma missiva foi-me entregue
Trazendo-me a lembrança que se segue:
Um lume do Teu rosto ao meu olhar.

Sahra Melihssa

Escritora Melancólica, Poeta Obscura, Sonurista Lírica e Psicóloga Existencial. Anfitriã do Castelo Drácula. Saiba Mais

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