A Janela

Kamsar Ohanyan - Open Window, 2020
Despertara com o frio que adentrava a janela entreaberta, lá fora uma névoa densa se espargia e ela apreciou a paisagem incomum, no entanto um assombro emergiu e seu corpo estremeceu enquanto a adrenalina do medo abominável habitava-lhe o semblante. Ela sentiu, tão vívido quanto seu próprio desespero: Algo pútrido a observava, à espreita, em algum lugar naquela neblina.

Oliver, seu gato, despertara cerca de cinco vezes dentro dos trinta minutos em que havia se aconchegado no agradável tapete felpudo. Nestes momentos, o felino…
Ela adentrou o ônibus desconfiada, ainda assim hesitou em perguntar se realmente um dos pontos de parada era aquele…
Gabriela se levantou assustada, aos prantos e gritos, acendeu o candeeiro e iluminou ao redor. Nada havia, nada além da sensação absurda…
No entanto, naquela noite, a minha maldita curiosidade despertara quando, no meio de um falso livro, encontrei a chave. Fui direto àquela grande porta de ferro e todo…
A tempestade não cessa e Jonathan está sentado, como sempre, frente à tela de seu computador. Para seu infortúnio, um estrondo o desperta do transe e as luzes…
Despertara com o frio que adentrava a janela entreaberta, lá fora uma névoa densa se espargia e ela apreciou a paisagem incomum, no entanto um assombro emergiu…
No despertar noturno uma sombra atravessa a tenra luz vinda da lua cheia. Olho apressada e trêmula, é nada além de uma coruja. Vou à janela para observá-la e no instante seguido…

Poeta, Escritora e Sonurista, formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial e autora dos livros “Sonetos Múrmuros” e “Sete Abismos”. Sahra Melihssa é a Anfitriã do projeto Castelo Drácula e sua literatura é intensa, obscura, sensual e lírica. De estilo clássico, vocábulo ornamental e lapidado, beleza literária lânguida e de essência núrida, a poeta dedica-se à escrita há mais de 20 anos. N’alcova de seu erotismo, explora o frenesi da dor e do prazer, do amor e da melancolia; envolvendo seus leitores em um imersivo, e por vezes sombrio, deleite. A sua arte é o seu pertencente recôndito e, nele, a autora se permite inebriar-se em sua própria, e única, literatura.
Passando pelo arvoredo, Nanda estagnou ao sentir-se arrefecer e um fino arrepio assombroso tocou suas costas; sem perceber os seus próprios movimentos…