Às Sombras de Scar Narcht, Canto de nº II

Respiro-te alvo e vejo escuro o céu
Angústia e voz-silêncio pressentindo
Um sonho ou pesadelo, o vento, o véu
Da morte assim tão bela confundindo;

Nenhuma lua — vedes? Quão sombrio
Teus olhos na calada em verso pulcro
As presas e os murmúrios — arrepio
Deleito-me do horror, meu triste fulcro;

O sangue símil lembra-me das rosas
E as rosas tão singelas e sedosas
Se murcham são negrume carmesim

E então os pobres ínfimos espinhos
Definham sem calor e tão sozinhos
Igual eu sinto após teu beijo em mim.

Sahra Melihssa

Escritora Melancólica, Poeta Obscura, Sonurista Lírica e Psicóloga Existencial. Anfitriã do Castelo Drácula. Saiba Mais

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