Lançamento
Sonetos de múrmura essência, escritos para almas que almejam a profundez. Um recôndito soturno e belo que se desvela de forma rara e única em páginas pólen.
Prólogo
Afogue-se no ardor, pulse a sentir;
Sussurre a imensidão, cinja o tormento;
Quão belo é d’alma o canto puro ouvir
Qualquer que seja, pois, seu movimento!
Angústia e solidão, quão fascinantes!
Serena sobriedade e grã loucura,
Algar de abrigo torvo e delirante
Ornado de mil sonhos e uma agrura;
Assim honrando o todo imprescindível
A lira soberana e inexaurível
Irá pousar tal pássaro em um ninho
E até selar em reza o meu caixão
Terei comigo as sombras e o clarão
Em múrmuro versar pelo caminho.