Âncora Anfêmera

'Alone in the World', Jozef Israëls, 1878

Na âncora anfêmera
Há tempos estática
Fiz-me uma ínsula

Meu céu é translúcido
Longínquo observo
Sangra a chuva em torrente

Se alastra o declínio
Na atmosfera de outrem
Às suas ínsulas sucumbidas

Na âncora anfêmera
Não há tempo
E de tão constante
Exausta está a comoção

Enquanto corpos isolados
Esquecem do calor
Cuja aproximação, e só ela,
Saberia lembrar. 

 
 
Sahra Melihssa

Escritora Melancólica, Poeta Obscura, Sonurista Lírica e Psicóloga Existencial. Anfitriã do Castelo Drácula. Saiba Mais

Anterior
Anterior

Vurphor

Próximo
Próximo

Parágrafos Imanentes 01