
Sonetos Múrmuros
Lamúrias de poética nascente,
Sussurros de esplendores ardorosos,
Que as lágrimas, e o flúmen tão cadente,
Essência são dos seres murmurosos;
Se dói est'alma lúgubre e perdida,
Se o abismo entre teu ser e o mundo cresce,
Murmure n'esta lira condoída
Que apenas nela o lar, pois, remanesce;
Acalma-te que o pranto é chuva fina
Em uma bela tarde cristalina
Que pede o teu silêncio e meu versar,
Assim, na tua leitura, o sentimento
Em todo o seu pungente fragmento
Está, pois, permitido se entregar.