Como escrever Cartas Eróticas

 

Zichy Mihály

 

Saiba como escrever suas cartas e ocultar segredos profundos de seus mais intensos desejos lascivos. Um gênero literário para escritores poéticos de erotismo imersivo.

Você será sempre o remetente: Mesmo que você não escreva os seus desejos, é importante colocar-se no lugar daquele que enviará a carta, para que a escrita seja o mais fidedigna possível. E assim será, também, a leitura

Mantenha a naturalidade: Em uma carta, você deve relembrar situações vividas entre o remetente e o destinatário, essas lembranças não precisam ser detalhadas como em um conto, pois servem como pequenas citações que mostrem ao leitor que o remetente e o destinatário têm um vínculo real.

Evite diálogos em cartas: Coloque-os apenas se fizer parte da memória recordada, e mesmo assim, devem ser usados com cautela. Veja um exemplo: Então, você se aproximou devagar. Disse-me “Um drink por minha conta?” e aquilo evidenciou o seu poder feminino — eu não me canso de lembrar.

Liberdade e intensidade: Uma carta não precisa de começo, meio e fim. Pode ser do tamanho de um bilhete ou de um livro. Por isso, você pode usufruir da liberdade criativa e intensidade sensual na hora de escrevê-la.

A emoção é inestimável: Uma carta precisa de emoção para ser escrita, lembre-se que, diferente do conto, o objetivo não é contar uma história, mas sim lembrar-se de momentos vividos e imaginar momentos futuros. Seja insistente em escrever sobre as emoções do remetente, sensações e sentimentos também.

Cuidado com o tempo verbal: O tempo verbal é algo difícil para a maior parte dos escritores. Em Cartas, você terá que prestar uma profunda atenção nisso, pois, um erro no tempo verbal prejudicará toda a leitura da carta.

Evite palavras explícitas: O gênero erótico comporta vários tipos de estilos de escrita, mas com as cartas não é bem assim. Uma carta precisa ser escrita com mais capricho e menos vulgaridade, isso mantém a essência dela que é o que a faz diferente dos contos e das prosas poéticas.

Sahra Melihssa

Poeta, Escritora e Sonurista, formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial e autora dos livros “Sonetos Múrmuros” e “Sete Abismos”. Sahra Melihssa é a Anfitriã do projeto Castelo Drácula e sua literatura é intensa, obscura, sensual e lírica. De estilo clássico, vocábulo ornamental e lapidado, beleza literária lânguida e de essência núrida, a poeta dedica-se à escrita há mais de 20 anos. N’alcova de seu erotismo, explora o frenesi da dor e do prazer, do amor e da melancolia; envolvendo seus leitores em um imersivo, e por vezes sombrio, deleite. A sua arte é o seu pertencente recôndito e, nele, a autora se permite inebriar-se em sua própria, e única, literatura.

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