Escrito por Ricardo Zanela
Assim como o observador se maravilha com a cintilante estrela no céu noturno, e se mantém maravilhado e encantado, incapaz de expressar a grandeza e…
Assim como o observador se maravilha com a cintilante estrela no céu noturno, e se mantém maravilhado e encantado, incapaz de expressar a grandeza e o poderio do astro que tem em vista, eu admiro a poesia e a pessoa que chamo, carinhosamente, de 'Egéria'.
Sara Melissa me fascinou, primeiramente, com suas sonuras. Seu estilo leve e formal, com forte introspecção — algo que especialmente aprecio —, fez de mim seu fervoroso admirador. Em particular, admiro o tom soturno e pessoal de sua escrita, capaz de encantar qualquer pessoa de temperamento melancólico e, por conseguinte, introspectivo. Suas letras corridas, musicalizadas, encantam o leitor de forma semelhante à jadeíte que encanta o perito. Digo isso porque ela possui um talento raro, como é rara a joia mencionada, algo verdadeiramente único nos tempos de hoje.
Convém, pois, régios louvores por ser rainha de mérito e poesia; e garanto que, entre as fulgentes estrelas poéticas, a que mais brilha é minha Egéria.
Escrito por Fabiano Otaguro
Antigamente os poetas, músicos, bardos e artistas buscavam nas musas a inspiração para suas obras. No caso dela, buscam a inspiração para suas Magnum opus…
Antigamente os poetas, músicos, bardos e artistas buscavam nas musas a inspiração para suas obras. No caso dela, buscam a inspiração para suas Magnum opus, e quando estes artistas a buscam, desejam trazer à tona o que existe desde o mais sublime ao mais umbrático labirinto nefando em suas almas.
Como escritora, coloca-se como um belíssimo cisne a deslizar sobre a superfície de águas imperturbáveis e obscuras, sob um céu celestial com todo o universo nele contido. Ela sendo este cisne a navegar pelas águas imperturbáveis de seu consciente, onde tudo que está acima da água e no céu refletindo o seu perfil consciente brilhante e criativo, buscando ordem no caos do universo e que nos maravilha quando permitimo-nos envolver pela escuridão para apreciar as luzes celestiais. Com sua sublime altivez, navega tranquila sobre as águas profundas do subconsciente, sobre tudo aquilo que nos espreita abaixo da superfície, que reflete nossa imagem distorcida e que tudo o que vemos é escuridão abissal, sem saber se, ou quando, seremos pegos e arrastados para o fundo daquelas águas.
Ler as obras da Sara são assim, ora um deslizar tranquilo sobre estas águas a admirar o céu majestoso, ora dentro dessas águas, a se debater em busca do ar na superfície, a poucos centímetros de distância enquanto as profundezas te envolvem. Independente da obra que escolha ler, ao ser tocado por ela, nunca mais será a mesma pessoa. Nunca mais.